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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

SOMATOFÓSSIL DE BEBÊ MAMUTE É ENCONTRADO CONGELADO

Um bebê mamute encontrado no permafrost (região permanentemente congelada) no noroeste da Sibéria pode ser o espécime mais bem preservado já achado até hoje, cientistas anunciaram.




A carcaça congelada deverá ser enviada ao Japão para um estudo detalhado. O bebê fêmea, de seis meses de idade, foi encontrado na península Yamal, na Rússia, e teria morrido há 10 mil anos.
O tronco e os olhos do animal estão intactos. Ele também conserva um pouco dos seus pêlos longos.
O mamute é um membro extinto da família dos elefantes. Os adultos possuíam presas longas e curvadas e uma cobertura de pelos longos.
O espécime encontrado na Sibéria, com 30 cm de comprimento e 50 kg de peso, data do final da última Era Glacial, quando os gigantescos animais foram extintos do planeta.
Ele foi descoberto por um pastor de renas em maio deste ano. Yuri Khudi encontrou a carcaça perto do rio Yuribei, no distrito autônomo russo de Yamal-Nenets.
Cauda desaparecida
Na semana passada, uma delegação internacional de especialistas se reuniu na cidade de Salekhard, perto do local da descoberta, para fazer um exame preliminar no animal.
"O mamute não tem defeitos exceto pela cauda, que foi arrancada", disse Alexei Tikhonov, vice-diretor do Instituto de Zoologia da Academia Russa de Ciências, um dos membros da delegação.
"Em termos do seu estado de preservação, esta é a descoberta mais importante do mundo", ele disse.
Larry Agenbroad, diretor do Mammoth Site do centro de pesquisas de Hot Springs, em Dakota do Sul, nos Estados Unidos, disse: "Encontrar um mamute jovem em qualquer estado é extremamente raro." Agenbroad acrescentou que sabia de apenas três outros espécimes.
Alguns cientistas têm esperança de que esperma bem preservado ou outras células contendo DNA viável possam ser usadas para ressuscitar o mamute.
Apesar das dificuldades, Agenbroad continua otimista sobre as possiblilidades de clonagem.
Agenbroad disse à BBC que quando ele e seus colegas conseguiram o mamute Jarkov (encontrado congelado na Sibéria em 1997), ouviu dos geneticistas: "Se você conseguir bom DNA, vamos ter um bebê mamute em 22 meses".



sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Descoberto fóssil revolucionário! Ou não?

Geralmente anunciadas com alarde na mídia, descobertas de fósseis de dinossauros e hominídeos são tema de estudo inglês que procura estabelecer se esses achados de fato mudam teorias previamente formuladas (foto: iStockphoto/ IdeaBug Media).


Quando um novo achado de um fóssil é noticiado, quase sempre jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão apresentam o fato como algo espetacular, que modifica tudo o que foi escrito até então. "Encontrado o elo perdido!", "Novo dinossauro revoluciona pesquisa!", "Fóssil surpreende cientistas!", "Achado demonstra que história da evolução do grupo terá que ser reescrita!" – são alguns dos títulos mais alardeados.
Essa percepção de que um novo fóssil altera fundamentalmente o conhecimento a respeito de um grupo acaba sendo passada para o público. Porém, será que isso é verdade?

sábado, 11 de setembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DA PALEONTOLOGIA PARA A BIOLOGIA

A Paleontologia é a ciência que estuda evidências da vida pré-histórica preservadas nas rochas, mais especificamente nas rochas sedimentares, que são os conhecidos fósseis, explanando não apenas o significado do tempo e da evolução, mas também a aplicação na busca de bens minerais e energéticos. Há muito, a Paleontologia vem passando por uma verdadeira revolução científica em função de novas maneiras de se investigar os fósseis no campo e de estudar o passado da vida em laboratório. A Paleontologia vem apresentando também um importante papel na vida de muitas pessoas, não apenas aos cientistas ou universidades, mas a todos aqueles que têm o interesse pelo conhecimento e pela vida de todo ser/organismo que um dia, num determinado período da história, explorou o planeta Terra.
Os fósseis são o objeto de estudo para a Paleontologia e é claro que a descrição e identificação deles continuam sendo de extrema importância; afinal, essas informações fundamentam estudos de evolução e biodiversidade do passado, servindo de base para a datação e correlação temporal das rochas sedimentares. É justamente este estudo aprofundado que podemos obter informações sobre, a partir da morte do organismo (animal, planta ou micróbio), e futura transformação em fóssil, seja este um somatofóssil completo (a partir de congelamento ou âmbar), um somatofóssil incompleto ou até mesmo icnofósseis (vestígios deixados pelo organismo), as informações sobre o modo de vida, com quem co-habitou, o tipo de alimentação, em que tempo geológico viveu, dentre outras.
É a partir do estudo destes fósseis que a Paleontologia consegue mostrar sua interdisciplinaridade com a Biologia, tendo como principal objetivo o fornecimento de dados para a evolução biológica, estimar datação relativa das camadas, reconstituição dos ambientes/ecossistemas a partir do estudo dos registros destes fósseis, reconstituir também a história geológica da Terra e identificar as rochas em que podem ocorrer substâncias minerais e combustíveis como o fosfato, carvão e o petróleo, servindo de apoio à Geologia Econômica.

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